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Mercado de recorrência em 2023: uma análise completa

Quem ainda tem dúvidas, está por fora! Depois de ler este artigo, você vai entender por que o mercado de recorrência só cresce e como tirar vantagem dele, apostando na experiência do usuário e garantindo receita previsível para seu empreendimento.

Mercado de recorrência

O mercado de recorrência está navegando em águas tranquilas nos últimos cinco anos e, a cada novo relatório publicado sobre o setor, o crescimento dos seus números e de sua lucratividade fortalecem as previsões de alta para 2023.

Isso empolga quem trabalha com produtos e serviços que se dão muito bem com esse modelo de negócio, além de ampliar horizontes para que cada vez mais marcas apostem na recorrência, o que agrada muito ao público que aderiu de vez o consumo por acesso.

Para quem não entrou nessa onda ainda, este artigo vai jogar uma luz sobre esse mar de novas possibilidades. Leia mais e veja como existe espaço de sobra para você ganhar clientes adeptos ao consumo prático, seguro e – mais importante! – periódico.

O que é mercado de recorrência?

Também chamado de economia de recorrência (ou “subscribe economy”, em inglês), esse modelo de negócio se baseia em fornecer ao consumidor o acesso a produtos e serviços cobrados periodicamente por meio de um plano de assinatura recorrente.

Um exemplo definitivo e muito bem-sucedido desse mercado é a Netflix, uma plataforma de streaming de filmes e séries que destronou as antigas locadoras do seu domínio soberano no entretenimento audiovisual doméstico e cobra mensalidades de seus assinantes cinéfilos.

O sucesso da plataforma foi tão astronômico desde seu surgimento que, hoje, a Netflix produz, de ponta a ponta, boa parte do conteúdo exibido por ela – e com qualidade o bastante para algumas das obras levarem o Oscar, inclusive! Prova absoluta do quanto o mercado de recorrência é capaz de faturar.

Como funciona o mercado de recorrência?

O mercado de recorrência funciona por uma lógica diferente da tradicional: o cliente não paga para ter a propriedade de um determinado produto ou para contratar um serviço apenas uma vez, mas para poder utilizá-los – tanto um produto quanto um serviço – pelo tempo que desejar.

O consenso é que, para ser sustentável e agradar ao público, um empreendimento adotante do modelo de recorrência deve oferecer:

  • comodidade;
  • simplicidade para a adesão e cancelamento do plano;
  • relacionamento transparente com os consumidores; e
  • sistema de preços baseado no consumo.

Somado a esses itens, ressalta-se também o fato de ter como base de sua relação junto aos clientes não a propriedade de algo, mas o acesso.

A ideia é que alguém com alguma necessidade ou interesse específico contrate a marca que vende por recorrência para sanar a questão. Assim, o consumidor obtém o acesso a um produto ou serviço pagando por ele de tempos em tempos e enquanto durar seu interesse por consumi-lo.

Junto da experiência do cliente, o custo da recorrência também é muito atrativo se comparado ao valor da compra pensada para posse e não apenas acesso. Isso vale para os serviços de streaming que ajudaram a popularizar a iniciativa, é claro, mas para vários outros negócios igualmente.

Exemplos do mercado de recorrência

Já existe um leque bem amplo de marcas que apostam no sucesso dos planos de assinatura e em sistemas de pagamento recorrentes. Você provavelmente deve conhecer ou até usar pelo menos um destes a seguir.

  • Sem Parar: liberação automática de cancelas de pedágios e estacionamentos.
  • Smart Fit: rede de academias presente em toda a América Latina.
  • A Taba: curadoria de livros infantis, categorizados por idade, com entrega mensal.
  • Lugga: carros por assinatura, sem custos de documentação, seguro e IPVA.
  • Amazon Prime: acesso a plataformas de músicas, filmes, compras online e e-books.

Destaque, ainda, para as empresas do modelo SaaS (Software as a Service), que comercializam o acesso a softwares como prestação de serviço e que foram as primeiras a usarem a expressão “economia de recorrência”, nos anos 2000!

De lá para cá, o modelo ganhou espaços diversos e, com ajuda da popularização da internet, a ideia de substituir a propriedade física pelo simples acesso ao produto ou serviço viralizou e as expectativas para o setor seguem com tendência de alta.

O que esperar do setor de recorrência em 2023?

Observando o crescimento constante do mercado de recorrência tanto lá fora quanto aqui no Brasil, quem atua ou pretende atuar com esse modelo pode ter certeza que a moda já pegou, veio para ficar e ganhar cada vez mais espaço.

Vamos analisar os números desse “boom” e entender o que vem de bom por aí nos próximos anos?

1.  Perspectivas excelentes de crescimento

Pode ser que alguém acredite que o mercado de recorrência seja uma moda passageira, mas, veja bem: para gigantes da tecnologia que inspiram modelos de negócio e ditam como o mercado vai se comportar, isso está longe de ser verdade. Quer provas?

Desde 2017, as assinaturas do Office 365 – produto no qual a Microsoft investiu pesado – têm mais saída que as vendas tradicionais do produto. São cerca de 27 milhões de clientes pagando para ter acesso ao programa por meses ou anos em vez de para sempre.

A Adobe, por sua vez, parou de vender programas importantes, como Photoshop, Lightroom, InDesign, Audition e Premiere, passando a comercializar uma assinatura única para quem quer acessá-los.

A marca mais que dobrou o número de assinantes de 2017 para 2019.

E o sucesso desse modelo com a assinatura de softwares ao redor do mundo alçou novos voos em decorrência da pandemia de Covid-19, levando uma pesquisa da Visa, de maio de 2021, a cravar: “A economia de recorrência veio para ficar!”

De acordo com o levantamento, os moradores da América Latina contrataram ao menos três novos serviços por assinatura desde o início da pandemia. Os campeões de venda? Streamings de vídeo e música, games, serviço de delivery premium e mídias informativas.

Um excelente sinal de que os ventos da oportunidade estão aí para quem for capaz de ajustar as velas.

2.  Oportunidades diversas para quem quer assinar

A ideia que move o setor é oferecer soluções de um jeito acessível e simplificado para as necessidades cotidianas dos usuários, então, você e outros empreendedores deverão encontrar a opção da recorrência em vários nichos nos próximos meses e anos, a exemplo do entretenimento, dos clubes de compras, das notícias e de serviços burocráticos.

Entretenimento “on demand”

Na trilha do sucesso da Netflix e do Spotify, grandes corporações da indústria de filmes e séries e até artistas independentes vêm apostando em lançar seu conteúdo em plataformas por assinatura.

Quem aderiu essa lógica e se deu muito bem até agora foram os canais de streaming de eventos esportivos, como o consagrado Premiere e outros players, mas, além das gigantes do entretenimento, produtos específicos também estão lucrando com a proposta.

A Furacão TV oferece transmissão ao vivo de todas as partidas do Athletico-PR em casa e a Conmebol TV faz o mesmo com os torneios da América do Sul. Legal, né? Tem espaço pra todos!

Informação por assinatura

Uma surpresa positiva no mercado de recorrência foi o surgimento de um novo jeito de divulgar artigos e notícias. Segundo um estudo da Lineup, o serviço de assinatura de newsletters é uma das sete tendências a serem observadas no mercado editorial e de mídia.

Isso se confirma com a popularização de plataformas como a Substack e a Medium, que oferecem uma alternativa para jornalistas e colunistas publicarem conteúdo em formato newsletter sem a necessidade de um veículo de mídia como intermediário.

Clubes de compras para todos os gostos

O serviço de compras por assinatura segue chacoalhando o mercado e ampliando seus horizontes, a começar do básico pacote de vantagens, dos descontos exclusivos e do frete gratuito, chegando na possibilidade de pagamentos mensais para obter mais bônus nos sites de varejo, ao melhor estilo Mercado Livre.

A partir daí, o céu é o limite: clubes de assinaturas que selecionam e enviam, periodicamente e na porta do cliente, vinhos, chocolates, livros, roupas íntimas básicas, produtos para skin care, discos, perfumes, charutos etc. A lista não acaba mais!

Automatização de processos

O mercado de recorrência também promete solucionar certas dores de cabeças típicas de quem depende de serviços burocráticos que fazem parte da rotina administrativa de escritórios, consultórios ou empresas de logística, entre outros.

Softwares que oferecem soluções digitais para necessidades específicas são um alívio para gestores dos mais diversos setores, automatizando desde a gestão de pessoal até a própria demanda de cobrança recorrente que um serviço por assinatura exige. Vale a pena investir neles.

A crescente desse novo modelo em tantos lugares diferentes chega a levantar questões sobre qual é a chave para o sucesso afinal, ou melhor, sobre como o serviço por assinatura ganhou tanto o coração do consumidor. Descubra com a gente!

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Insights do setor de recorrência

A recorrência captou o cliente que não está tão interessado em ser dono de um produto ou usufruir de um serviço para o resto da vida e deu a ele a chance de preferir, antes da posse, os resultados e o acesso a novidades constantes.

Quem conseguir agregar responsabilidade ecológica nisso tudo, então… Sai muito à frente!

Personalização e constante evolução

A substituição de ofertas genéricas por itens exclusivos, que crescem no aspecto “personalização” na medida em que o consumidor mantém sua assinatura ativa, também é um atrativo imbatível desse modelo.

Sem falar na melhoria contínua do produto ou da plataforma em que o serviço é oferecido, alternativa bem mais interessante do que ver seu produto se tornando obsoleto e ter a obrigação de fazer uma nova compra, concorda?

Responsabilidade ecológica

Um número cada vez maior de consumidores tem estendido a preocupação com sustentabilidade para os produtos que consome e marcas que demonstram verdadeira consciência ecológica se destacam no quesito reputação.

Para tornar seu negócio sustentável e agregar valor ao seu produto, você pode:

  • criar uma estratégia de logística reversa para o recolhimento de resíduos do seu produto;
  • utilizar apenas material reciclado e reciclável nas suas embalagens; e
  • investir numa política de redução da emissão do carbono das entregas.

Esses são esforços que se justificam por si mesmos, mas vale estudar o público-alvo e entender o quanto ele está disposto a pagar a mais por valores e visões que somam à humanidade.

Enfim, com tanta informação posta à mesa e os constantes upgrades da tecnologia, achamos que podemos imaginar – e até debater – um pouco do que o futuro promete para um mercado tão ligado ao digital. Topa?

Qual o futuro da economia de recorrência?

Para quem planeja adotar a recorrência, as previsões são positivas para crescimento da demanda e, claro, do lucro e também em relação ao surgimento de novos recursos que podem melhorar a relação com o cliente, além de facilitar pagamentos e recebimentos.

Previsões para o mercado de recorrência

Como a experiência do usuário é o principal item que garante a adesão a um serviço por assinatura, quem quer atuar nesse modelo de negócio deve estar pronto para permitir contratos mais flexíveis, pensando em agradar o consumidor que pode estar dividido entre duas marcas.

Pelo menos é o que prevê, para 2023, um levantamento da Barclaycard Payments.

Opinião consumidores contratação produtos serviços

A pesquisa aponta o crescimento constante dos clubes de assinaturas, mesmo com o fim das restrições da pandemia e mostra que, pelo menos, 36% do público quer contratos mais flexíveis, com 33% pedindo mais facilidade na adesão e no cancelamento.

Daí, pode surgir a questão: se há tanta flexibilidade assim, o que garante que continuarão com a minha marca? Bem, o mesmo estudo mostra que 54% dos consumidores citam “valor agregado” como o diferencial que mais agrada numa assinatura.

Mistério solucionado! Para manter sua base de consumidores constante e não dar motivos para cancelamento de assinatura, vale a pena olhar o que vem de inovação por aí e fortalecer a percepção da sua marca diante da opinião do cliente.

3 inovações e tecnologias que moldarão o mercado de recorrência

Alguns recursos já começaram a dar as caras nos serviços por assinatura, prometendo agregar o valor que vai prender a atenção do consumidor e entregar a fidelidade que os empreendedores tanto procuram. Entre eles, aqueles que envolvem inteligência artificial (IA) e aplicativos para cobranças recorrentes.

Se a fidelização é fundamental para garantir o retorno do investimento e fazer valer a característica mais atrativa da recorrência – de uma receita previsível e permanente –, não hesite em investir naquilo que pode ajudar seu negócio a alcançá-la.

1.  Inteligência artificial

Aplicar a IA para mapear o comportamento dos consumidores não é exatamente uma novidade e restaurantes, inclusive, vêm conseguindo aumentar seu ticket médio e o consumo por mesa usando esse recurso.

Quem gerir um clube de assinaturas pode fazer o mesmo e pôr a máquina para aprender tudo sobre os assinantes, analisando suas interações com o software da marca e até seus comportamentos nas redes sociais. Que tal?

Com os dados coletados, a inteligência artificial pode ajudar a entregar ofertas cada vez mais personalizadas, automatizar processos, otimizar as entregas e tornar toda a operação mais eficiente, melhorando a experiência do usuário e fazendo mais dinheiro entrar em caixa.

2.  Aplicativos de cobrança recorrente

A eficiência da operação passa por garantir métodos seguros de pagamento. Melhor ainda se a ferramenta utilizada para a cobrança recorrente aumentar a receita e diminuir a inadimplência.

Plataformas de cobrança online e 100% automatizadas, que oferecem um sistema de recebimentos periódicos ao gestor e emitem lembretes de pagamento para os consumidores, são uma excelente saída para quem quer seguir a tendência que veio para ficar e se torna imperativo.

3.  Pix garantido

Outra alternativa que pode ajudar empreendedores como você a surfarem na onda da recorrência é a promessa do Banco Central para 2023: o Pix garantido, que vem sendo chamado de “cartão de crédito do futuro”.

Ainda em fase de projeto e desenvolvimento, ele prevê que as instituições financeiras poderão oferecer linhas de crédito para seus clientes agendarem um Pix para 30, 60 e 90 dias. Uma medida pensada para facilitar parcelamentos por quem não tem cartão de crédito!

E aí, parece um mercado promissor o suficiente? Os números apontam que sim! As oportunidades são amplas e o público está sempre à procura de novidades. Acredite no potencial do seu negócio, estude muito (e sempre) e vá com tudo! Torcemos por você.

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