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Risco de crédito: o que é, como calcular e analisar

Como funciona a análise de risco de crédito e por que ela está diretamente relacionada à gestão financeira de qualquer empresa? Descubra a resposta para essas e outras perguntas neste artigo.

Risco de credito

Analisar risco de crédito nada mais é do que ponderar quais as chances uma pessoa tem de não devolver um empréstimo, não compensar um financiamento, não corresponder a um contrato de aluguel ou não pagar determinado produto comprado a prazo.

Muita gente pensa que apenas bancos e instituições financeiras precisam analisar o risco de crédito de seus clientes, mas isso não é verdade e a avaliação tem fundamental importância também para lojas, empreendimentos e até corretoras de imóveis.

Inclusive, é recomendado que empreendedores façam essa análise para preservar a saúde do caixa de suas organizações, principalmente em um momento no qual o País luta para reduzir a inadimplência que atinge seus maiores índices nos últimos 12 anos, fazendo parte do cotidiano de 77% das famílias, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) realizada pela Confederação Nacional do Comércio e divulgada no início de março de 2022.

Cada cidadão também deve conhecer o processo e compreender seu funcionamento. Afinal, se precisar de um novo cartão de crédito, de dinheiro emprestado de um banco ou de uma forcinha para adquirir algum bem, você não vai querer ser visto como uma pessoa com menos chances de devolver o que pegou, certo?

Por essas e outras razões, explicamos tudo logo abaixo, incluindo as principais perguntas e respostas sobre o tema.

O que é risco de crédito?

É a probabilidade de alguém adquirir uma dívida e não honrar com seu pagamento e é algo que deve ser avaliado em todas as transações e operações financeiras envolvendo um lado que “empresta” dinheiro (independentemente do formato) e outro que recebe esse empréstimo.

Vale ressaltar: ser uma pessoa com maior risco de crédito é o oposto de ser alguém com mais chances de ter crédito aprovado. Cuidado!

As classificações de riscos são, inclusive, divididas entre “de primeira classe” ou “primeira categoria” e “de segunda classe” ou “segunda categoria”. Confira a seguir.

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Quais são os tipos de risco de crédito?

Existem dois tipos de risco de crédito: o de primeira e o de segunda classes ou categorias. É a instituição na qual um cidadão realiza a solicitação de empréstimo, parcelamento ou financiamento que define em qual perfil ele se encaixa.

Risco de crédito de primeira classe ou categoria

É um risco alto. Representa uma grande chance de quem pegou o dinheiro não conseguir pagá-lo ou de quem fez a dívida não conseguir honrá-la. 

Quando uma empresa credora constata que algum solicitante de crédito se enquadra no risco de primeira classe ou categoria, esse fator geralmente reduz a probabilidade de liberação do dinheiro, cartão ou semelhante. 

Essa empresa credora também pode optar por até oferecer o valor, mas cobrando altas taxas de juros e fazendo demandas e exigências maiores no que diz respeito à garantia do retorno.

Risco de crédito de segunda classe ou categoria

As probabilidades de não-devolução do dinheiro ainda existem, mas são menores do que quando tratamos de pessoas enquadradas na primeira categoria de risco. A empresa credora continua “no pé” do cliente, mas está mais sujeita a concordar com o pedido e pode até oferecer mais flexibilidade para quitação da dívida.

Continue a leitura para entender como é feita a análise de crédito, cobrança e risco por credores antes de conceder dinheiro a alguém.

Como deve ser o controle de risco de crédito?

Esse processo se dá através da análise do histórico da pessoa solicitante, da aplicação de pontos e exigências específicos em cada operação, do acompanhamento criterioso de quem assina o contrato de negociação e, se necessário, da recuperação do dinheiro.

Veja o passo a passo para fazer um controle de risco de crédito de maneira eficaz.

1.  Análise

As organizações devem analisar o consumidor através de alguns critérios previamente determinados por seus especialistas. Esse é o primeiro passo para um maior controle dos riscos.

Após a análise, essas instituições determinam se concordam ou não em oferecer empréstimos, permitir compras a prazo ou se serão maleáveis em contratos de aluguéis, entre outras situações.

Alguns critérios para a análise de risco de crédito são comuns a todas as organizações e outros são individuais, podendo variar de uma instituição para a outra e sendo determinados pelos seus próprios gestores e avalistas.

Dentre os critérios comuns, destacam-se:

  • dados financeiros filtrados a partir de número de CPF ou CNPJ;
  • situação financeira de quem faz o pedido, sempre no momento em que ele é realizado;
  • renda da pessoa, total de capital disponível e bens que possam ser dados como garantias;
  • reputação do cidadão no mercado;
  • históricos de transações realizadas dentro da instituição e, portanto, vínculo e relacionamento entre o solicitante e a empresa credora.

A capacidade de quitar dívidas do cidadão também pesa nesse momento de análise de risco. 

Outro fator importante é a política interna da empresa credora: se for mais rígida, pode influenciar negativamente na cessão do crédito. Além de tudo, o que o SERASA diz sobre cada pessoa também tem impacto nesse processo.

Pontuação no SERASA e análise de risco de crédito

Muitas organizações consultam o banco de dados do SERASA para saber se um consumidor é mais ou menos propenso a quitar uma dívida e recorrem ao órgão, inclusive, para fazer a negativação de devedores.

Cada pessoa cadastrada nesse banco recebe uma pontuação que é chamada de score e que varia de 0 a 1.000.

Quanto maior a pontuação do consumidor, menores os riscos de crédito e menores as chances de essa pessoa não quitar suas dívidas e ser considerada um cliente inadimplente. Quanto menor a pontuação, maiores as chances de inadimplência.

Ou seja, um consumidor nota 1.000 no SERASA terá mais confiança de credores do que um consumidor nota 0.

1.  Critérios específicos da operação

A aplicação de critérios específicos para cada operação é o segundo passo do controle de risco de crédito.

Aqui, quem vai emprestar o dinheiro deve ponderar como será feito esse empréstimo, quais pontos precisam constar em contrato, como a operação será melhor adequada a ambos os lados e etc. Só a partir desse passo é que o acordo terá validade.

2.  Monitoramento contínuo

O terceiro passo cauteloso de credoras e empresas cujos clientes precisam parcelar suas compras, por exemplo, é o monitoramento contínuo de cada pessoa com quem um acordo foi firmado. 

Esse acompanhamento - que tem tudo a ver com precaução e boa gestão de cobrança - inclui atenção às movimentações financeiras do cidadão e pode chegar a incluir também um olhar específico para possíveis inclusões dessa pessoa em processos judiciais.

3.  Recuperação

A recuperação de crédito é uma etapa do controle de risco aplicada somente quando necessário, ou seja, quando a inadimplência ou a cobrança de dívida se torna “caso de justiça”.

Todo o controle de risco de crédito é muito parecido quando realizado por bancos e quando realizado por empresas e organizações, públicas ou privadas. O que muda entre essas instituições geralmente é a forma de medir risco de crédito, mas isso não significa que empreendedores possam ficar mais despreocupados do que banqueiros em situações semelhantes.

“Tenho um negócio, devo ficar atento aos riscos de crédito?”

Todo mundo deve ficar atento ao risco de crédito, inclusive quem é empreendedor, mesmo que algumas das etapas trazidas acima não se encaixem perfeitamente no perfil de seus negócios e nas necessidades, tanto do próprio negócio quanto dos consumidores.

Quem administra uma empresa precisa ter atenção aos riscos de crédito e fazer cobranças necessárias para não fechar o mês no vermelho por causa de um simples problema de quebra de confiança.

Além disso, medir o risco de crédito dos seus consumidores pode ajudar a:

  • traçar novas estratégias de gestão financeira e vendas;
  • repensar ações já adotadas ou planejar novas ações;
  • evitar prejuízos que possam quebrar a organização;
  • prever inadimplências futuras;
  • melhorar cada vez mais o relacionamento com os clientes, a experiência dos consumidores e sua jornada de compra; e
  • manter positiva a imagem da marca.

Como calcular risco de crédito numa empresa?

Uma empresa que também tem medo de ficar inadimplente e devendo na praça pode calcular seu risco de crédito ou de custo e assim ficar sabendo quando sairá no prejuízo se o pagamento devido por determinada pessoa não ocorrer.

Se quiser saber quando ligar o sinal de alerta, pondere custo de produção, margem de lucro de cada item e ainda custos fixos e variáveis que devem ser acrescidos à cada venda.

De qualquer forma, mais do que fazer contas de risco de crédito, gestores devem ficar atentos aos critérios para reduzir chances de inadimplência dos seus clientes e fazer uma boa gestão e análise de risco de crédito.

O que fazer para acertar na gestão de risco de crédito nos negócios?

Acima de qualquer cálculo matemático, experimente:

  • adotar o uso de ficha de cadastro dos clientes;
  • classificar os perfis financeiros dos clientes e avaliá-los de acordo com essa classificação (justamente como fazem as instituições de crédito);
  • certificar-se de que você tem uma política de crédito e cobrança sempre monitorada e atualizada periodicamente junto a quem entenda do assunto; e
  • definir limites de crédito com mais critério.

Para ajudar nesse controle de inadimplência, você pode criar uma régua de cobrança verdadeiramente efetiva e automatizar todas as análises possíveis, além do controle financeiro como um todo.

Saiba que a automatização de cobranças, quando feita adequadamente, ajuda no combate a problemas como dificuldade no acesso aos dados e na geração de relatórios ou em sua melhor organização, entre outros. Então, use a tecnologia e as soluções digitais a seu favor!

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