O que é passivo circulante? Veja exemplos e detalhes!

Tudo o que você precisa saber sobre passivo circulante, sua utilização no balanço patrimonial e outros detalhes em um mesmo conteúdo. Aproveite a leitura e descubra também como calcular o passivo circulante e qual a sua relação com duplicatas descontadas.

Passivo circulante

Já ouviu falar de passivo circulante? Ele é o conjunto de obrigações a serem cumpridas e de dívidas a serem quitadas por uma empresa sempre no curto prazo - menos de 12 meses. Entre essas obrigações, estão: empréstimos com vencimento mais rápido; compras de matérias-primas ou insumos; contas a pagar tanto fixas quanto emergenciais etc.

O ativo circulante, conjunto de bens com maior liquidez dentro da organização, costuma ser usado justamente para pagamento do passivo circulante. E mais: a partir da divisão do primeiro pelo segundo é possível obter como resultado o chamado “Capital Circulante Líquido (CCL)”. Se ele for positivo, a empresa está com a saúde financeira em dia e honra suas obrigações, mas, se for negativo, é sinal de que algo precisa ser revisto e melhorado.

Devemos dizer que existe, além do passivo circulante, o passivo não circulante. Falaremos sobre a diferença entre os dois no conteúdo a seguir e traremos exemplos para ilustrar as explicações. Continue a leitura!

O que é passivo circulante e não circulante?

Tudo o que recebe o nome de “passivo” dentro de uma empresa está relacionado às suas obrigações financeiras e dívidas. Da mesma maneira que todos os ativos representam bens e têm relação com lucratividade e rentabilidade: são o dinheiro propriamente dito ou alguma coisa que possa ser transformada em dinheiro a curto, médio ou longo prazo.

Passivo circulante

É qualquer dívida que precise ser quitada em no máximo 12 meses e pode ser dividido em três diferentes frentes:

  1. Operacional: contas relacionadas ao funcionamento dos negócios;
  2. Financeiro: contas relacionadas às movimentações de dinheiro feitas dentro da empresa; e
  3. Cíclico: contas que são frequentes e/ou se repetem.

A divisão do passivo circulante permite às empresas organizar melhor sua área financeira e aos gestores ter uma visão mais clara e precisa do que realmente impacta em seu cotidiano. A partir dela, veja exemplos dessas obrigações financeiras.

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Exemplos de passivo circulante

Impostos relacionados ao enquadramento tributário dos negócios e encargos sociais de todo e qualquer funcionário da organização, mesmo que terceirizado, são boas materializações de passivo circulante. 

Outros exemplos:

  • contas mensais a pagar como luz, água, telefone, internet etc.;
  • férias e 13º salário;
  • pagamento e adiantamento de salário;
  • outras obrigações tributárias e fiscais como os impostos a nível municipal, estadual e federal;
  • obrigações com fornecedores;
  • obrigações com bancos e instituições financeiras também a curto prazo;
  • pagamentos de juros;
  • pagamento de aluguel;
  • variações monetárias ativas com vencimento em menos de 12 meses;
  • comissões ativas;
  • lucros a distribuir entre os sócios (contabilidade societária);
  • empréstimos também feitos entre sócios; e
  • toda e qualquer outra conta a pagar que vença em menos de 12 meses.

O ideal para empreendedores é conseguir pagar o passivo circulante usufruindo do ativo circulante que também é dividido entre as mesmas três “modalidades”: operacional, financeiro e cíclico. Além disso, quanto maior for o ativo e menor o passivo, melhor a saúde financeira dos negócios.

Agora, compreenda o que representa o passivo não circulante.

Passivo não circulante

O passivo não circulante é justamente o conjunto de obrigações financeiras, despesas e dívidas de uma empresa cujo prazo de vencimento é superior a 12 meses.

Exemplos de passivo não circulante

  • empréstimos e aportes financeiros de médio ou longo prazo;
  • compras parceladas em mais de 12 vezes; e
  • debêntures.

Uma observação importante: duplicatas podem ser tanto ativos passivos circulantes como não circulantes, a depender também dos seus prazos.

Duplicatas descontadas no passivo circulante são aquelas cujo valor recebido antecipadamente e com seus devidos encargos deve ser “compensado” à instituição bancária em menos de 12 meses. 

Qual a diferença entre passivo circulante e passivo não circulante?

A resposta está nos prazos e nas taxas: são essas as duas principais diferenças. Entenda adiante.

Tempo para que a empresa solucione suas pendências

Basicamente, a diferença está no tempo em que as dívidas devem ser quitadas pela empresa. Confira.

Passivo circulante = dívidas e obrigações que devem ser quitadas a curto prazo (um ano ou menos)

Passivo não circulante = dívidas e obrigações com vencimento a longo prazo (um ano ou mais)

Taxas e juros cobrados se o passivo for um empréstimo ou uma “dívida pendurada”

Um passivo não circulante, nesse caso, costuma “sair mais caro” para a organização. Pelo simples fato de que, quanto mais tempo a dívida fica pendente, maiores são os juros cobrados por ela.

De qualquer forma, fique sabendo: tanto o passivo circulante quanto o não circulante são índices fundamentais para o gestor de uma empresa e seu departamento financeiro realizarem seu balanço patrimonial e depois declararem Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), avaliarem fluxo de caixa de todos os tipos ou até mesmo cogitarem novos investimentos.

Como calcular o passivo circulante?

Para calcular passivo circulante, leve em consideração a seguinte fórmula:

Ativo = passivo + patrimônio líquido

Ou seja, a partir da soma de todos os ativos e, separadamente, de todos os passivos, gestores e responsáveis pela contabilidade de uma empresa chegarão ao chamado “patrimônio líquido” e, através dele, conseguirão saber se tiveram retorno financeiro até o momento e de quanto foi esse retorno.

Qual a relação do cálculo com o balanço patrimonial?

Esses dados serão utilizados no plano de contas e no balanço patrimonial, que é dividido entre ativos e passivos, circulantes e não circulantes. E só ele, feito adequadamente, permitirá aos responsáveis conhecer, de fato, a situação financeira da empresa.

A partir do balanço patrimonial adequado, gestores têm condições de:

  • redesenhar o presente e uma nova estratégia financeira, se necessário;
  • fazer planos para o futuro;
  • tomar melhores decisões relacionadas a dinheiro, operacionais e até organizacionais;
  • monitorar mais de perto “de onde vem” e “para onde vai” o seu dinheiro;
  • dividir melhor os ganhos, principalmente quando há mais de um sócio envolvido com a mesma razão social.

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